Se as eleições municipais
fossem hoje, o governador Eduardo Campos, que traçou uma meta de eleger
prefeitos em várias cidades do Estado em 2012 e se fortalecer ainda mais para
uma eventual disputa presidencial, teria muita dificuldade para concretizar sua
estratégia. É que ele, embora seja um cabo eleitoral de peso, com índices de
aprovação recordistas em Pernambuco, corre sério risco de não fazer os seus
prefeitos em municípios estratégicos do Interior e Região Metropolitana.
Em Caruaru, maior cidade do
Agreste, o prefeito José Queiroz (PDT), que ainda conta com o apoio do Palácio
das Princesas, enfrenta desgastes e viu os seus índices de aprovação
despencaram nos últimos meses, enquanto a pré-candidata da oposição, a
ex-deputada Miriam Lacerda (DEM), abriu 12 pontos de diferença na corrida
municipal, segundo a última pesquisa do Instituto Exatta. O fato levou o seu
correligionário, o vice-governador João Lyra Neto, a criticar a gestão e
ameaçar um “Plano B”, que pode não ser bem sucedido e acabar entregando o ouro
aos opositores.
No município de Jaboatão dos
Guararapes, o PSB de Eduardo tenta emplacar o nome do deputado estadual João
Fernando Coutinho e encontra sérias resistências. O Palácio das Princesas já
acendeu o sinal vermelho e vem monitorando a movimentação do prefeito Elias
Gomes (PSDB), pré-candidato à reeleição, que lidera com folga todas as
pesquisas e pode eleger mais dois gestores em duas importantes cidades: Cabo e
Moreno.
No Cabo de Santo Agostinho,
a preocupação do Palácio é o crescimento do filho de Elias, o deputado estadual
Betinho Gomes (PSDB), em primeiro lugar no ranking dos prefeituráveis. Ele tem
deixado para traz o eduardista Vado da Farmácia. Em Moreno, Adilson Gomes
Filho, herdeiro político do pai Adilson Gomes, enfrenta Vavá Rufino, também do
PSDB. Dilsinho, como é conhecido o afilhado político de Eduardo Campos, até tem
chances de ser o prefeito, desde que consiga unir a Frente Popular, tarefa não
muito fácil.
Em Garanhuns, o governador
enfrenta outra árdua batalha. Tentou impor o nome do companheiro Antônio João
Dourado, no que a população não aceitou e vem fazendo um verdadeiro massacre ao
pré-candidato. Naquela cidade, há dúvidas se o governador irá levar a indicação
até as últimas consequências.
Outro município que tem dado
dor de cabeça ao governador é Paulista. Lá, o candidato do PT, Sérgio Leite,
lidera a disputa com 24% das intenções de voto, enquanto que o socialista
Júnior Matuto disputa com Speck o segundo lugar, com 16%, segundo a sondagem do
Instituto Opinião, publicada por este blog. Ainda restam cidades como Petrolina,
Goiana, Araripina, Surubim e Serra Talhada que têm a preferência de Eduardo e
onde o governador espera fazer os seus prefeitos.
Magno Martins
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