Uma analista de recursos humanos de São Paulo pode ter usado parte
do dinheiro que desviou da empresa onde trabalhava para assistir ao
primeiro jogo entre Corinthians e Boca Juniors pela final da Taça
Libertadores na última quarta-feira (27), em Buenos Aires, de acordo com
informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) e
do delegado que investiga o caso.
Por conta de suas
atribuições, a mulher de 33 anos tinha acesso total às contas bancárias
do presidente da empresa de hidráulica onde trabalhava. No dia 21 de
junho, a analista saiu do trabalho e não voltou mais, uma colega de
trabalho então notou seu desaparecimento e ligou para familiares da
corintiana fanática, que acionaram a Polícia Civil comunicando o
suposto desaparecimento.
O caso foi registrado e encaminhado ao
49º Distrito Policial (São Matheus). Em contato com familiares,
policiais descobriram que um saque no valor de R$ 19 mil tinha sido
feito da conta bancária da mulher. Além disso, várias outras
movimentações financeiras haviam sido realizadas com seus cartões de
crédito.
No dia seguinte ao suposto desaparecimento, o carro da
analista de RH foi encontrado abandonado no estacionamento de um
shopping da zona leste da capital paulista.
Após analisar as
imagens das câmeras de segurança da agência bancária e do shopping, a
Polícia Civil descobriu que em todos os momentos a analista estava
sozinha. Além disso, uma das compras feitas com o cartão de crédito
tinha sido a de uma passagem aérea para Buenos Aires.
Com ajuda
da equipe da Delegacia do Aeroporto de Guarulhos, os policiais
descobriram que a torcedora havia embarcado às 15h30 do dia 21 com
destino à Argentina.
A equipe policial que cuidava do caso
solicitou também uma rápida auditoria nas contas da empresa onde a
mulher trabalhava e constatou-se que pelo menos R$ 150 mil haviam sido
desviados. O delegado José Manoel Martins, titular do 49º DP, acredita
que o valor pode aumentar, já que o levantamento ainda está sendo
feito.
Versão da Empresa Ainda
segundo as informações da SSP-SP, a polícia ouviu um dos sócios e o
presidente da empresa de hidráulica que alegaram ter percebido o rombo
um dia antes do desaparecimento da fanática corintiana e a chamaram
para uma reunião no dia seguinte.
"A família ficou chocada
quando soube do esclarecimento do caso. A reação foi de duas emoções
contraditórias ao mesmo tempo: o alívio de saber que a filha não havia
sido sequestrada e a indignação por descobrir as atitudes dela, já que
era uma pessoa 'que não precisava fazer esse tipo de coisa'", explicou o
delegado.
Segundo a secretaria, a mulher já entrou em contato
com amigos e familiares e ficou de se apresentar espontaneamente à
polícia na próxima semana. Ela será indiciada por furto qualificado
continuado, cuja pena varia de dois a oito anos.
Do UOL
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