sábado, 17 de novembro de 2012

ORIGEM DE JENIPAPO EM SANHARÓ-PE


Antônio dos Santos Coelho da Silva, Capitão-mor Coelho desenvolveu as suas atividades rurais, no interior do Estado, então província de Pernambuco a partir de 1786, em Jenipapo, hoje município de Sanharó.

Santos Coelho nasceu em 1761 na cidade do Porto, freguesia da Vitória, de família nobre. Era filho de Manoel dos Santos Coelho e Maria da Conceição Silva e detentor dos títulos nobiliárquicos de Cavaleiro Fidalgo da Casa Real de Portugal e Professor da Ordem de Cristo.
Moço, ainda, espírito aventureiro, tomou o destino da colônia brasileira. Não se sabe o ano em que chegou ao Brasil, só há registro da sua presença a partir de sua atuação no antigo Termo de Cimbres, onde foi presidente e juiz ordinário do Senado da Câmara. ( nome pomposo para designar a Câmara de Vereadores, de então, cujo presidente também exercia o cargo de juiz ordinário que corresponde hoje às atribuições de prefeito) Foi também capitão-mor, ficando conhecido como o capitão-mor Coelho, do Ororubá,
Antes de estar investido no posto de capitão-mor e encontrando-se, em 1786, na vila de Cimbres, Santos Coelho resolveu descer a serra para conhecer in loco as terras, a leste dessa vila, recebidas por doação de dona Suzana da Silva, sua tia, irmã de sua mãe. A mesma, Suzana da Silva, tronco da família do Cardeal Arcoverde.

O capitão-mor partiu da Serra do Ararobá, com seus escravos, seguindo a trilha existente, então, ligando a Vila de Cimbres ao Recife. A certa altura da viagem, achando que já estava pisando nas terras doadas, desviou-se do caminho para conhecer melhor a sua propriedade. E penetrou na mata mais que devia, desorientando-se. Cansado e exausto, após vários dias, perdido no mato, ajoelhou-se e fez uma promessa ao santo de sua devoção, Santo Antônio. Prometeu construir, no local onde encontrasse o caminho de volta, uma capelinha, sob orago do santo da cidade de Pádua, Portugal, que sempre é invocado para encontrar coisas perdidas.

Promessa atendida, promessa cumprida. E Santos Coelho não só construiu a igrejinha, como um conjunto de casa-grande-capela, na hoje vila de Jenipapo, local onde reencontrou a trilha de volta. No frontispício da igreja gravou uma inscrição, ainda hoje existente, 1806, ano da construção. A celebração das primeiras missas foi sempre em 13 de junho, dia dedicado a Santo Antônio. A capela está situada num plano mais elevado em relação à casa e um pouco afastada.

A Casa Grande citada no texto, hoje, pertence a Prefeitura Municipal de Sanharó, graças ao empenho do autor, quando exerceu com denodo e rara competência o cargo de secretário de cultura do município. A escritura pública do imóvel ainda não foi lavrada, por absoluto descaso…

LEONIDES DE OLIVEIRA CARACIOLO – Engenheiro Civil, Escritor, Historiador/Memorialista, Membro das Academias de Artes de Letras de Pesqueira e de Belo Jardim.

3 comentários:

artistaplasticomaxuelrodrigues disse...

COMO FAÇO PARA OBTER FOTOS DO CAPITÃO -MOR ANTONIO DOS SANTOS COELHO DA SILVA E COMO OBTER LIVROS OU APOSTILA QUE FALE DE SUA HISTORIA E SUA MORTE E SUAS FAZENDAS ONDE SE LOCALIZAVAM .POR GENTILEZA ENVIAR PARA :maxuelrodriguesdemoraes@gmail.com

geraldopereira disse...

Maxuel. Guerreiro né mande um WhatsApp (81)99817.5208

Unknown disse...

Incrivel essa história!
Parabéns!